Priberam | Comentários

Priberam » Palavra do dia

24 abril 2011

Leanore´s nursery rhyme- on a friend´s birthday

                                                        
Some twenty  years ago
 Mummy and Daddy
 wrote  to Paris.
 A score and one years ago,
 a storch let a bag go.
 Mummy and Daddy
 opened the door
 And look what they found,
 on the floor!
 Was it a birdie, was it a hound?
 Neither, nor.
 It was sweety and yummy ...
 Leanoooooore!

18 abril 2011

O Papagaio Falador


História escrita por uma menina de 10 anos a quem dou explicações
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Era uma vez um Papagaio falador que falava pelas orelhas, parecia que estava a pedir a alguém para cuidar dele. Quando alguém passava por ele só falava. 

Um dia veio uma menina que gostava muito de ter um papagaio e disse:

- Olá! Lindo Papagaio, queres vir comigo até minha casa para cuidar de ti?

E o Papagaio com uma voz fininha disse:
- Sim!

E lá foi a menina com o papagaio falador. A menina pensou que a primeira coisa a fazer era treiná-lo para estar preparado. Colocou-o dentro de uma gaiola e assim o fez.

Quando a menina dizia uma palavra, o Papagaio repetia. Ela achou uma graça ter um Papagaio, pensou muito bem e inscreveu o Papagaio num concurso.

Quando a menina foi para o concurso com o Papagaio eles obtiveram o 1º lugar.

O Papagaio disse:

- Fiz isto por ti por teres cuidado de mim, senão teria perdido

@Cristiana Raquel - Abril de  2011

16 abril 2011

100 anos Bombeiros Voluntários dos Carvalhos-V.N.de Gaia


                                                         

Cem anos, mil anos, milhares de vidas,
dadas e recebidas.
Eles aí estão!
contra e com,
os quatro elementos
...Prontos em todos os momentos.
Eles aí estão!
Sem medo, mas temendo-o,
No silêncio ensurdecedor
de uma ambulância.
No poste que encarcerou o gato,
no poço que condenou o cão,
na chave perdida ou esquecida,
na sina que marcou o irmão.
Eles aí estão!
A toque de corneta, telefone, telemóvel
e cometa.
Eles aí estão!
Titãs, cruzados, helénicos heróis,
purificados na água que apaga a fúria dos sóis,
pedindo clemência, na luta da fossa abissal.
Eles aí estão!
Recompondo das partes o todo já não são.
Humildes na farda, garbosos na parada,
dourados de insígnias, coroados de espinhos,
crucificados de perigo.
Sonho de meninos, tarefa de Homens,
Fado de vida.
E sempre, sempre
Ao lado do estranho e do amigo,
na vinda e na ida,
Eles sempre estiveram, estão e estarão!

Obrigada, Bombeiros!
 
16.4.2011

14 abril 2011

As Borboletas de Mário

As Borboletas de Mário  - texto muito interessante!

Romeu



Ou o Outro Lado da Vida


Sempre que chegava da universidade atirava com os livros para cima da mesa. Olhava para o relógio. Mudava de roupa apressadamente. Pegava na mochila e nas chaves do carro. Batia com a porta. Descia as escadas a três e conduzia até ao outro lado da cidade.
Quase sempre fazia um pequeno desvio e parava no MacDonalds. Nunca olhava para o menu folclórico e apelativo. Em vez disso, gritava “hambúrguer e Coca-Cola” para o altifalante que lhe respondia com guinchos incompreensíveis. Pagava com moedas já contadas. Enfiava o saco na mochila e seguia até à área de serviço na A19.

Estacionava sempre no mesmo lugar. Era uma das grandes vantagens. Havia sempre estacionamento (e gratuito). Tirava então a mochila (com o saco do MacDonalds) e preparava-se para fazer mais um turno até à meia-noite. Só assim, conseguia pagar as prestações do carro que tinha comprado no verão passado.

Quando as horas eram mortas, ou não havia clientes, tirava da mochila o livro do Saramago (que levava para todo o lado) e lia mais umas páginas do “Ensaio sobre a Cegueira”. 

Romeu sabia que a vida não era nenhuma “Julieta”. E mesmo que fosse uma “Julieta” não tinha pais ricos. Entre a universidade e a área de serviço ia tentando equilibrar a vida. Como um malabarista.

Às vezes parava a meio de uma página da “Cegueira”. Ficava a olhar para o reclame luminoso da bomba de gasolina e pensava na cegueira dos colegas. Ria-se então sozinho. Abanava a cabeça e murmurava entre dentes — Como é fácil enganar os outros.


@esmeralda  4 Abril 2011


Nota: Baseado num exercício da EC: criar uma personagem

12 abril 2011

Kate

Livros por ler, de Pedro de Payalvo (retirada daqui)


Não lhes resiste. Seja biblioteca ou livraria nunca de lá sai sem companhia.
Esquece que o tempo se perde. Capítulo após capítulo viaja a épocas desconhecidas, conhece personagens para as quais deseja roubar as cores ao arco-íris e pintar-lhes um final feliz; para outras apenas deseja ter, à mão, uma borracha para as apagar da história. Vive intensamente aventuras que não são as suas. Sofre e ri. Assusta-se e deixa-se contagiar pela magia das palavras.
A última página de cada livro sabe à nostalgia do último dia de férias. Um cair da tarde inspirador que se deseja eterno.
No final, e antes de guardar o livro na estante, reserva sempre algum tempo para se despedir dele. Uma nova viagem está prestes a começar!

[Exercício EC - O traço de uma personagem]

a inevitabilidade da tragédia



Quando se ajoelhou no chão para beijar uma aranha morta, o anjo que vive escondido na sombra do remorso segredou-lhe ao ouvido: «Essa paixão pelas coisas flamejantes é um animal revoltado contra a inevitabilidade da tragédia».

A mulher com olhos de peixe respondeu-lhe que ela própria era uma cidade em chamas. Saiu à rua; sentou-se a ouvir a alegria dos pássaros esmorecer.

Depois do vento lhe soprar as escamas do rosto e frio da noite lhe beijar os pés, enforcou-se no umbral da porta porque lhe faltaram os fósforos para incendiar a misericórdia do tempo.

08 abril 2011

5 de Abril de 1994

Dia 3 foi dia de Páscoa.Os sinos não puderam tocar...
"Silêncio, morreu um poeta lá no morro"- a pessoa linda do Professor Agostinho da Silva deixou-nos. Ele, a sua obra, a sua simplicidade, liberdade e raiva vão ficar sempre nos portugueses que ainda gostam deste Portugal saqueado pela ostentação. A sua figura branquinha, tão povo puro, tão iluminada. O brilho que emanava do seu conversar, a sua imagem ao lado do gato, também ele com ares sábios. Quantos pensamentos, saberes,  olhares terão partilhado?
Foi velado nos Jerónimos, oposto e paralelo dele mesmo. Não haveria mosteiro à sua altura, e mais do que uma campa rasa seria insulto à sua realidade asceta.
Querido Professor, não lhe pude enviar "uma fitinha para o chapéu", mas espero que me guarde, junto de si, um lugarzinho no céu.

07 abril 2011

Pesadelo

Desespero, de Bruno Moreira (retirado daqui)



Regresso, vezes sem conta, ao inferno onde durante muito tempo fui. Não passei de um fugitivo.
O calor dos dias intermináveis, a vegetação a agredir-me o corpo encharcado de medo e o eco dos corpos inertes perdidos para sempre naquele labirinto, fragmentos de histórias inacabadas povoam-me e não me libertam.
Acordo, sentado na cama, com uma angústia que me toma.
Lá fora chove…
Arrepio-me de frio e, depressa, aconchego-me nos cobertores, aninho-me junto ao teu corpo quente. Concentro-me na tua respiração para apaziguar esta tormenta que me invadiu e me impede de dormir. Pouco a pouco o tumulto dissipa-se.
Ao longe troveja, percebo-o pelo clarão que estilhaça na janela grande do nosso quarto. Porém, apesar deste pesadelo, anseio, mais do que ontem, que o amanhecer tarde em chegar.
O dia rompe a linha do horizonte, denso, cinzento como as minhas olheiras. Mal dormi. Chegou o momento da partida e sou mais um que sobe as escadas do navio, rumo ao desconhecido continente africano. Até já? Até sempre? Não sei, é cedo demais para o saber.

[O meu 1.º exercício de EC - Transformar um sonho numa história]

06 abril 2011

Sopa para três

O meu mais recente conto. Não sendo micro, é pequeno (duas páginas). Já notei que faz confusão a algumas pessoas a escrita "abrasileirada", mas eu gosto muito assim como está, amanham-se! :p

online » Sopa para três

banda sonora » "chega de saudade"

O texto que seguiu a tempo

Os papéis ganhavam vida e espalhavam-se por todo o lado. Já nem se viam os livros, fugiram os autores. Nem uma referência. Procurar? Não havia tempo e a memória apagou-se como um pavio gasto. Escreve, escreve or else! As horas já tinham passado, os minutos também. Pára, relógio! Avaria, gmail!Não consultem o mail, não vejam que ainda não há nada em meu nome. Durmam muitas horas, não liguem o computador. Não deixasses a miúda ter mexido no teclado. Duas páginas, eu consigo. Afinal ainda faltam três. Não faço, não participo, não brinco. Amuei.
Acordei no escritório, debruçada na secretária. Vi Your message has been sent. Tirei os óculos retorcidos e encostei-me no outro lado do teclado. Amanhã há mais!

04 abril 2011

NOTA DE SUICÍDIO DE CESARE PAVESE
(No livro Dialoghi con Leucò)
Perdoo todos e a todos
peço perdão. Está bem?
Não façam demasiados mexericos.
Deixo e assino, assim
como uma estela
num buraco negro dos meus olhos
nesta página de um livro
que ficará como diálogo da tristeza
com o fim.

4.4.2011
João Tomaz Parreira




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Que aconteceu ao Et Quoi?

Que pena que eu tenho de ver o Et Quoi moribundo.... morrendo lentamente de tédio e de solidão!
Que aconteceu ao Et Quoi? Onde estão os vossos comentários fantásticos sobre o que escrevemos?
Ou os vossos contos? Pensamentos? Videos? Pequenas partilhas???

Que aconteceu??
Vamos deixar o Et Quoi  morrer?? Ou vamos desperta-lo, agora que chegou a Primaver??

Vá lá!! COMENTEM!!