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06 abril 2011

O texto que seguiu a tempo

Os papéis ganhavam vida e espalhavam-se por todo o lado. Já nem se viam os livros, fugiram os autores. Nem uma referência. Procurar? Não havia tempo e a memória apagou-se como um pavio gasto. Escreve, escreve or else! As horas já tinham passado, os minutos também. Pára, relógio! Avaria, gmail!Não consultem o mail, não vejam que ainda não há nada em meu nome. Durmam muitas horas, não liguem o computador. Não deixasses a miúda ter mexido no teclado. Duas páginas, eu consigo. Afinal ainda faltam três. Não faço, não participo, não brinco. Amuei.
Acordei no escritório, debruçada na secretária. Vi Your message has been sent. Tirei os óculos retorcidos e encostei-me no outro lado do teclado. Amanhã há mais!

2 comentários:

Lobo das Estepes disse...

que aflição! ufa! parece que afinal foi a tempo :D bom, se amanhã há mais, cá estaremos para ler.

Pedro Corga disse...

I know that pain all too well... Mas havemos de conseguir, sempre! To be continued (endlessly, it seems)...