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09 dezembro 2010

Apetecia-me falar de carrinhos de madeira
e de bonecas de pano,
como no passado ano.
Mas é passado
e temos de novo Natal .
O Menino continua a nascer,
 rosadinho
A Mãe desvela-se,
O Pai a protegê-lo,
Os amigos continuam-lhe fiéis
Mas o Menino deste ano
Não tem nem um pano
Nem burrinho a aquecê-lo.
E embora mantenha o coração
A Mãe não tem pão
O Pai não tem trabalho.
Precisam de óculos ,
E não os têm.
Descobri, porém,
E não foi na oftalmologia,
Que a maldade de poucos,
Não suporta da bondade a magia,
Que se pode ver através de
Uma estrela
Que sempre será um guia,
Que nos aponta um reino,
Terreno.
De lã perdida no sotão,
De paninhos feitos cobertas
De cozinhas de crianças
Que só precisam de mãos
largas.
Também vazias,
mas abertas.

Fátima Pais- Natal 2010

1 comentário:

FÁTIMA PAIS disse...

Posso-me esforçar muito mas poema de Natal é o de Mguel Torga:
"Era uma vez lá Judeia um rei....