para Sylvia Plath
Quando estavas comigo
eu nunca ia morrer
Os meus olhos vagueavam
sem ti, o meu medo
tinha ruídos
todos os passos, as sombras
eram coisas sólidas
quando escrevia a morte
riscava as folhas de papel
mas quando estavas comigo
eu ia durar a vida inteira
As tuas pernas
sustentavam as minhas quedas.
J.T.Parreira
1 comentário:
este final fez-me pensar numa malandrice, que vou aqui registar como minha, pra que ninguém vá amanhã pensá-la e julgá-la sua:
Das tuas pernas
pendiam os meus beijos.
(C) Lobo
...como a neve numa árvore de natal.
quem tiver visto o filme (Sylvia) discordará com este poema - muito bom, por sinal (o poema, não o filme).
mas como eu vi o filme, e discordo deste, concordo com aquele. só amarotava o final, se fosse eu a escrevô-lo (devasso assumido que sou).
ps: de fa(c)to, amarotar não existe (AFAIK), pelo que decreto também, e desde já, como sendo da minha autoria este neologismo. pim!
existe, no entanto: o adjectivo amarotado.
PS: Sr. Parreira, obrigado pela partilha! :D
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